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O ano é 1929. A modernidade sopra os ares na sociedade brasileira. A eletricidade, o cinema falado, o telégrafo, o avião. No sul do país, principalmente em Santa Catarina, é preciso solucionar sérios problemas de integridade nacional. Não há acesso para atingir o extremo Oeste. A Argentina se expande Brasil adentro, ofertando seus organizados recursos políticos, administrativos e sociais. O território vive em ebulição com os remanescestes da Guerra do Contestado, da Coluna Prestes e os foragidos da Argentina. Na fronteira com o Rio Grande do Sul, a bandidagem e a impunidade reinam. A mata selvagem e densa abriga todos sem distinção. Inúmeros são os problemas a resolver. Em abril de 1929, uma comitiva do alto escalão governamental foi formada para fincar a bandeira catarinense e brasileira no extremo sudoeste do país. Os excursionistas partem para uma cruzada inédita, perigosa e prolífica em encontros e descrições, narrada no livro Aos Espanhóis Confinantes, de Othon D¬¥Eça, e agora ilustrado ficcionalmente no filme Aos Hespanhois Conphinantes.